Hoje é um daqueles dias difíceis. Na verdade, já venho os enfrentado há algum tempo.Também é um daqueles dias em que eu não sei exatamente sobre o que quero escrever, mas eu sinto ânsia de descarregar o que me faz querer lamentar.
Não sei se começo por rimas, ou se simplesmente deixo as palavras saírem soltas, sem sentido, na esperança de que assim eu possa colocar os meus sentimentos em ordem.
Não queria ter vontade de usar meus textos como válvula de escape, para que eu não me afogue nas minhas próprias angústias.Queria, na verdade, me sentir menos sozinha, não precisar confiar a um pedaço de papel todas as minhas inquietudes e tormentos. Contudo, é aqui que eu consigo pelo menos, me sentir menos desprotegida.
Confesso que é desagradável só conseguir falar sobre infortúnios: como agora, que até as palavras me fogem para descrever o que me flagela. Raras são as vezes em que me sinto inspirada para falar de contentamentos.
É por meio de pequenos textos assim, cheio de amarguras e ressentimentos, que eu me sinto menos fraca, menos vítima, diria até menos culpada.
Eu aprendi, por meio de um caminho escarpado, a não mudar o meu jeito para que as pessoas ao meu redor se sintam bem.Apesar disso, continuo tentando me adaptar ao meio em que estou inserida e as pessoas que me cercam.Parece que mesmo atravessando todos os obstáculos de uma longa e desgastante história, eu não consigo entender e nem respeitar a mim mesma.Todos os meus medos que eu jurava vencidos retornam e me acertam com mais força, o que me faz pensar que em algumas situações a tendência das coisas é piorar.
E assim, mediante à essas palavras, a esse texto sem parágrafos, que eu termino a primeira postagem do ano, que infelizmente não foi uma daquelas em que a felicidade era tanta que eu precisava gritar para o mundo, mas sim, uma daquelas que vocês já estão acostumados: em que eu exponho, sem medo, as minhas mais profundas preocupações, tentando de alguma maneira colocá-las em desafogo.
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