terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Toalha



Escrever para encerrar ciclos.
Esta é a escolha que tenho feito ha alguns anos para aliviar pesos que caem sobre mim.
Ns meus versos estão ilulstrados cada mágoa que já passei, em cada palavra soa a esperança de que em algum momento eu não precise mais terminar estrofes limpando lágrimas que caem para que meu corpo não sinta todo o choque do desespero.
Hoje eu tirei a toalha do banheiro.
Aquela mesma que eu troquei de lugar para simbolizar o recomeço.
É irônico, não é? Como a metáfora que eu usei para que as coisas se resolvessem se tornasse o símbolo do fim.
Os cantos da casa já não me lembram o que passamos, a sua presença se dissipou quase por completo. Escolhas que fizemos... será mesmo que fizemos ?!
O mais difícil é tirar da memória todos os abraços, todas as promessas de que seríamos melhores um pro outro, todas as vezes em que ficamos deitados rindo de bobagens que eram tão íntimas.
Eram nossas vidas, que agora se desprendem e se tornam duas distintas...em que a presença não é sentida, em que a falta já não é notada.
Aprender a deixar ir é a lição que tento aprender.
Deixar ir pra voltar, deixar ir pra não se machucar, deixar ir pra seguir em frente.
Em qual deixar eu vou me encaixar, em qual saudade eu irei ser lembrada, qual ciclo eu irei encerrar?

" Não deixe que a felicidade more no que você ainda espera de alguém. Não há mais tempo para esperas. O que vai te salvar pra sempre do que te assusta é finalmente aprender a amar e respeitar a sua própria companhia."

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