Mulher
solitária, filho alcoólatra, memórias que surgem...
Relacionamentos difíceis, tanto com o
falecido marido - que a traiu com uma mulher que o levou a falência – tanto com
o filho, que de tanto ver a mãe sofrer acabou encontrando paz em suas bebidas, que
agora se tornaram companheiras para todas as horas.
Mesmo vivendo sob o mesmo teto, o filho
ignorava a existência da mãe, causado uma grande mágoa, uma rejeição cruelmente
dolorosa. Depois de tantas brigas, discussões, agressões
verbais, cada um se isolava no seu mundo, dentro da mesma casa, tudo por causa
de um passado que insistia em assombrar.
Um passado onde um homem- marido e
pai- resolve abandonar a sua família por uma mulher que estava interessada
somente em suas riquezas, que depois de conseguir levar tudo o que ele tinha,
se foi como uma breve garoa, deixando consequências de um grave tornado. De
tanta amargura, o velho se entregou aos jogos e acabou sendo morto por um
agiota a quem devia, fazendo com que sua família vivesse as sombras de seu
passado imundo.
Aquela dona de casa submissa se
tornou amargurada com as lembranças do marido adúltero e com a realidade do
filho alcoólatra. Um casamento em crise se transformou em amarguras que tentam ser
esquecidas com alguns pontos de crochê...
Adaptado do conto Ponto de croche
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